quinta-feira, 14 de maio de 2015

Comunidade do Hospício Princesa Dona Maria Amélia

O Hospício da Princesa Dona Maria Amélia data de de 1862, ocasião em que deram entrada os primeiros doentes com tuberculose.

Uma lápide de mármore preto, colocada ao fundo do amplo vestíbulo, entre os dois lanços da escadaria, sintetiza a história desta casa de caridade:

Hospício da Princesa Dona Maria Amélia, filha de D. Pedro, 1.º Imperador do Brasil e Rei de Portugal, 4.º do mesmo nome e duque de Bragança. Chegou a esta ilha a 20 de Agosto de 1852. Faleceu a 4 de Fevereiro de 1853, tendo a idade de 21 anos, 2 meses e três dias. Em memória de tão amada e chorada Filha, sua saudosa Mãe levantou este edifício para tratamento dos pobres doentes de moléstia do peito. Foi lançada a 1.ª pedra a 4 de Fevereiro de 1856 e acabada a obra no ano de 1859. Entraram os primeiros doentes dia 4 de Fevereiro de 1862”.

Imperatriz Dona Amélia do Brasil

A ilustre fundadora confiou a direcção do Hospício e o tratamento dos doentes às Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo.

O capelão do estabelecimento seria um sacerdote da Congregação da Missão, Congregação também fundada por S. Vicente de Paulo.

Assim, o primeiro capelão e as primeiras Irmãs chegaram à Madeira, em princípios de 1862, enviadas pela Superiora Geral, Irmã Elisabeth Montecellet e sendo Superior Geral o Padre Jean Baptiste Étienne.

Mas uma perseguição religiosa obrigou as Irmãs a retirar-se para Paris em Junho de 1862. As Irmãs só regressam em 1871 para assumirem a direcção do Hospício, por decisão da Imperatriz. Em 1873, faleceu a Imperatriz do Brasil que, entretanto, tinha confiado a sua Irmã Josefina, Rainha da Suécia, a missão e a perpetuidade do Hospício que consagrara à memória de sua Filha.

Assim aconteceu. A Rainha não só se esmerou em assegurar a existência futura desta Obra, como acrescentou os seus fundos dando-lhe também uma organização mais sólida.

Ordenou, poucos dias antes de morrer, que por instrumento público, se desse carácter oficial e definitivo de Fundação perpétua ao Hospício da Princesa Dona Maria Amélia.

Seu filho, o rei Óscar da Suécia, concretizou, em 1877 o desejo da rainha e mandou lavrar vários documentos que asseguraram a existência do Hospício e regularam o seu funcionamento.

Assim tem permanecido ao longo dos tempos e, à sombra da bandeira sueca, tem conseguido continuar a servir os mais pobres mesmo durante a época da expulsão das ordens religiosas em Portugal.
Hospício Princesa Dona Maria Amélia

Os Reis da Suécia visitam regularmente esta Fundação, continuam a dar-lhe todo o seu apoio e a manifestar-lhe todo o seu carinho.

Actualmente, uma Comunidade composta por sete Irmãs, ajudadas por alguns funcionários, ali prestam serviço nas seguintes valências:

- Escola
- Jardim  de Infância
- Creche
- Lar de idosos 
- Lar para crianças carenciadas.
- Associação Internacional da Caridade (AIC) e as Filhas de Maria Imaculada



Madeira Moments - Consigo, sempre.


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